3.7.12

Escalada X Rapel

Hoje é dia de mais uma matéria da nossa séries "Escalada e Montanhismo", e nessa matéria resolvi falar sobre duas coisas bem diferentes, mas que muitas pessoas pensam que são "iguais", escalada e rapel.


Bem, essa idéia me veio pelo simples fato de quando comento com alguém que sou escalador, ou veêm minhas fotos escalando, a PRIMEIRA coisa que me perguntam é: "Você faz rapel ?", assim, isso me deixa um tanto quanto irritado e chateado.

Em um primeiro momento serei curto e grosso: escalada é técnica de progressão, ascensão, rapel é simplesmente uma técnica de descida, agora vou tentar descrever um pouco isso.

 Deve-se admitir sim que todo escalador faz rapel, conhece a técnica, pois em determinadas montanhas, quando escaladas e com seus respectivos cumes atingidos, não existem trilhas para se descer caminhando, logo se faz obrigatório o rapel para descida, porém, existem escaladas que possuem uma trilha de acesso ao cume, e utilizamos a mesma para descer.


Acho que falo pela maioria dos escaladores quando digo que o rapel é uma parte "chata" da escalada. Primeiro porquê é uma parte exaustiva, você faz as mesmas coisas inúmeras vezes (passa a corda no grampo, desce até a parada, puxa a corda, passa a corda do grampo, desce até a parada, puxa a corda...) até chegar na base, e em segundo lugar, é aonde está presente um grande risco de acidentes, exatamente por ser "chato", existe um certo relaxamento por parte de alguns, e é quando acontece o perigoso.


Além dessa questão acima, existe uma certa "briga" entre escaladores e "rapeleiros". Quando você chega numa via para escalar você "começa de baixo e vai para cima", o rapel "começa de cima e vai para baixo", logo se o "rapeleiro" estiver usando uma via de ESCALADA para fazer o rapel, acaba atrapalhando a vida do escalador na pedra. Outro ponto importante para ser tocado é quando os "rapeleiros" resolvem colocar grampos em vias de escalada pela corda não estar sendo suficiente para chegar na parada, ou sejam, eles mudam a via de ESCALADA e quando alguém tentar escalá-la utilizando o croqui (uma espécie de mapa com o caminho) fica perdido devido ao número de grampos alterado.


Esta matéria não tem o intuito de atacar nenhum praticante de rapel, mas venhamos e convenhamos, cada um fica no seu canto que todos ficam felizes no final, até mesmo porque escaladores e "rapeleiros" possuem objetivos diferentes com a prática do seu esporte.

Bem, por hoje é isso galera!
Quinta-feira tem "Tosco Entrevista"

Abraços e boas escaladas!

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