18.2.19

Como comecei a escalar

Com as mudanças que fiz no blog acabei fazendo umas alterações na página quem sou e resolvi fazer um post separado contando como é a minha história com a escalada.

Sempre tive uma vida esportiva muito ativa, quando pequeno comecei na natação, por conta da bronquite, e foi assim por muitos anos, e junto dela fiz também, taekwondo, jiu-jitsu, judô, futebol de campo, futsal, fui atleta de vôlei, e no final eu parei na escalada (Sorte a minha!).



Bom, eu treinava vôlei e sentia que faltava algo, ainda não era o que queria pra mim, foi quando Atila Barros, amigo dos tempos de jiu-jitsu, me apresentou a escalada, ou melhor, refrescou minha memória. Atila era faixa preta na academia onde treinávamos, tivemos o mesmo mestre, logo estava a par das empreitadas do amigo.

Porque refrescar a memória? Bem, Quando mais novo,  lá para os meus doze anos, tinha ido passear pela Reserva Florestal do Grajaú com a minha mãe e encontrei Atila escalando por lá, fiquei maluco com o que vi, eu queria escalar, porém como eu era muito novo, minha mãe não deixou eu se quer pensar no assunto (mãe é fo!@#$a). A vida dá voltas, e depois de um tempo, já mais velho, larguei o vôlei, e voltei a falar com Atila por telefone e MSN. Em uma destas conversas ele disse que estaria no Rio de Janeiro para a ATM do ano de 2005 e que iria me levar para rocha, disse que se gostasse de escalar me passaria para o curso básico de um clube, ou ele mesmo me levaria para escalar outras vezes. Em maio de 2005 começou minha odisséia no mundo da escalada em rocha.

Atila me passou uma lista de equipamentos básicos para meu primeiro contato com a rocha, e vou então à uma loja indicada por ele mesmo para comprar todo equipo. Acompanhado da senhora minha mãe e seu cartão de crédito maravilhoso, comprei tudo o que precisava e mais um pouco. De quebra ainda fui intimado a dar uma mochila de presente para ela, ou seja, minha compra foi para mais de R$1.000, isso era só o início, eu ainda nem tinha escalado.

 

Chega então o dia tão esperado, encontro com Atila Barros e seu irmão Marco Barros e subimos a trilha para a face norte do Morro da Urca, e nos dirigimos à única via vazia naquele dia, a Mesmo Com Sol. Ao abrir a mochila e tirar os equipamentos, Atila percebe que suas sapatilhas estavam trocadas, ou seja, ele estava com duas botas de pé direito, a empregada dele tinha mexido na mochila de escalada e trocou os pares. Eu tinha a minha, mas éramos três, como iríamos escalar? Depois de pensar um pouco resolvemos que Atila ficaria com um par, pois ele que nos guiaria, e eu e seu irmão cada um com um pé com a sapatilha e o outro com um tênis. Não íamos deixar de escalar, mas se você pensa que tudo terminou aí, ainda não. Só tínhamos duas cadeirinhas, e Atila teve que fazer uma com suas fitas solteiras para ele poder guiar, dali em diante foi só festa, subimos a via e tudo acabou bem, eu adorei a experiência de ter concluído uma via toda e continuei a escalar.


Daquele dia para frente foi só festa, comprando equipamento aos poucos, conhecendo mais e mais pessoas dentro da escalada, quando ganhei confiança comecei a escalar sozinho (boulder), fui conhecendo points de escaladas dentro e fora de nossa cidade maravilhosa, comecei  a guiar vias mais punks, e fui aprendendo cada dia mais sobre esse esporte tão interessante e diferente, que esconde uma filosofia ecológica maravilhosa.


Atualmente já escalei em Los Arenales - Argentina (2010/11) e Santiago - Chile (2013), além de ter também iniciado nas altas montanhas em 2009, quando fiz o Monte Sajama (6542m) na Bolívia.

Sou extremamente sortudo por morar no maior centro urbano de escalada do mundo, o Rio de Janeiro, onde o acesso a montanha é muito fácil. Aqui temos diversos pontos de escalada distribuídos pela cidade, e com as diferentes modalidades que a escalada nos proporciona. Em especial, tenho um carinho muito grande com a Reserva Florestal do Grajaú, que considero meu quintal de casa. Sou um privilegiado de estar a menos de 15 minutos de uma escalada.

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